28 de abril – Vamos parar o Brasil!

28abrilNo dia 28 de abril, diferentes categorias vão paralisar suas atividades por todo o País. Organizada pela Força Sindical e demais centrais sindicais, o “Dia Nacional de Paralisações, Atos e Greves” será uma demonstração de que a classe trabalhadora não aceitará, em hipótese alguma, retrocessos, nem o desmonte que está ocorrendo nas leis que regem o mundo do trabalho.

Segundo o vice-presidente da Força RJ Marco Antônio Lagos, o Marquinho da Força, que participa das discussões no coletivo das centrais no Rio de Janeiro representando o presidente Carlos Fidalgo, rodoviários, metroviários, aeronautas, barcas, professores da rede pública e privada já confirmaram adesão ao movimento. Bancários fazem assembleia organizativa nesta quarta (26).

“Os professores vão fazer manifestações nas portas das escolas. Haverá ato na Alerj e depois seguirão para a Cinelândia, onde acontece o grande ato unificado das centrais, às 16h, com concentração a partir de 14h. Na verdade, acontecerão manifestações em todo o estado. Em Campos, por exemplo, metalúrgicos, petroleiros e o movimento unificado de trabalhadores e estudantes farão protestos. O mesmo acontece em Volta Redonda, com metalúrgicos do Sul Fluminense, rodoviários e sindicatos locais. O Rio de Janeiro está mobilizado e pronto para a luta”, afirmou Marquinho da Força.

Paulinho convoca todos os trabalhadores

“Quero usar este espaço para falar com você, trabalhador, porque queremos sua adesão à greve. Diferentes categorias decidiram parar no dia 28 porque estamos vivendo um momento crucial em nossas vidas. Nossa atitude, hoje, vai determinar o tipo de trabalho que teremos, que tipo de remuneração vamos receber, quais os benefícios que serão pagos, se vamos poder sustentar nossas famílias e, mais importante, que mundo deixaremos para nossos filhos”, declarou Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical.

Segundo Paulinho, “os defensores das propostas originais das reformas trabalhista e da Previdência condicionam a aprovação dessas propostas à vinda de investimentos para a economia do País crescer. Mas, na verdade, as mudanças que o governo propõe vão suprimir direitos históricos dos trabalhadores, como dificultar o acesso à aposentadoria, às nossas férias, à nossa jornada de trabalho e à PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), e ter o nosso trabalho precarizado. Sem leis adequadas, os trabalhadores ficam sujeitos a qualquer tipo de desmando feito por patrões inescrupulosos”, ressaltou Paulinho.

“A luta pelos nossos direitos está em nossas mãos. É importante ficar claro que o governo e os parlamentares estão fazendo de tudo para  que as reformas sejam votadas rapidamente, sem abrir negociações com as centrais sindicais e os sindicatos. Numa democracia, governo e parlamentares não podem promover reformas tão profundas sem ouvir os principais interessados, que são os trabalhadores”, enfatizou.

Orientações

“Nossa expectativa”, afirmou João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força, “é que seja a maior mobilização feita até agora. Orientamos sindicatos e federações a solicitarem à população para que não saiam de casa. Por exemplo, não marcar nessa data médicos, dentistas, supermercados, entrevistas e ir aos bancos”, completou Juruna.

As oito centrais sindicais que convocaram a greve, juntas, representam mais de 10 milhões de trabalhadores.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Com Assessoria de Imprensa Força RJ

Foto: Reprodução