Metalúrgicos de Volta Redonda entram na Campanha Nacional em apoio à Justiça do Trabalho e realizam ato público

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Na última sexta-feira (11), a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense realizou ato público em apoio à Justiça do Trabalho, em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho, em Volta Redonda. Participaram representantes de sindicatos das mais variadas categorias de trabalhadores e centrais sindicais da Região Sul Fluminense, além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Magistratura.

A campanha pretende sensibilizar os Poderes sobre os graves problemas que o Judiciário trabalhista está enfrentando após os cortes de verbas. Essa medida do governo vem colocando em risco os direitos fundamentais e sociais da classe trabalhadora.

Segundo Silvio Campos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, essa causa também é de todos os trabalhadores. “Atinge a todos, porque coloca em risco os interesses de toda a classe trabalhadora do nosso país. Não podemos deixar isso acontecer. Precisamos da Justiça do Trabalho, funcionando com toda estrutura necessária e a todo vapor em defesa do que é justo”, afirmou Silvio Campos.

Mobilização em defesa da Justiça do Trabalho

Os Sindicatos dos Metalúrgicos, Bancários, Asseio e Conservação, Rodoviários, CNTM, Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e as centrais sindicais, como a Força Sindical, vêm mobilizando os trabalhadores em apoio à luta na defesa da Justiça do Trabalho, em função do corte no orçamento que está obrigando o órgão a adotar medidas emergenciais de contenção de despesas, causando desde aumento do número de processos até maior espera para o julgamento.

São graves as consequências da política de cortes orçamentários praticada pelo atual governo federal e que vêm prejudicando o judiciário trabalhista brasileiro, inclusive colocando sob risco de fechamento órgãos da Justiça do Trabalho. Segundo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a redução da verba vem comprometendo, de forma agressiva, o funcionamento dos órgãos de primeiro e segundo graus, colocando em risco os direitos fundamentais e sociais da classe trabalhadora.

Foram cortes de 90% nos investimentos e 30% no custeio de despesas, solicitados no Orçamento de 2016. Essa verba é usada na manutenção da estrutura de funcionamento da Justiça, como aluguéis de fóruns, vagas abertas e que não podem ser preenchidas por desembargadores, juízes e servidores, além da redução de horários de atendimento em quase todas as 24 Regiões do Trabalho, espalhadas por todo o país.

Esses cortes atingem, em cheio, a classe trabalhadora, porque é quem reclama das obrigações não cumpridas pelo empregador. Portanto, todos os trabalhadores devem se unir e se mobilizar pela recomposição desse orçamento. Magistrados, servidores, trabalhadores, advogados, parlamentares, sindicatos, além de outras associações e entidades, devem se unir em busca de providência capaz de reverter o quadro, que só se agrava.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense