Federação e CNTM promovem curso de capacitação para metalúrgicos do Rio

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A Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Fedmet-RJ) promoveu, dias 28 e 29 de setembro, o curso “Negociação Coletiva”, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) para dirigentes sindicais. A CNTM contou com apoio do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) na elaboração da programação. Os encontros aconteceram no H Niterói Hotel, no Ingá, Niterói, e reuniram presidentes e diretores das entidades filiadas.

O objetivo foi não só preparar os sindicalistas para uma negociação, mas também fornecer subsídios sobre aspectos econômicos e históricos do país, de forma que as lideranças possam desempenhar melhor seu papel de representantes das categorias nas mesas de negociação nesses tempos de crise.

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Arnado Woicichoski, da CNTM, e Sérgio Claudino, na abertura do curso

O presidente da Fedmet-RJ, Sérgio Claudino, e o secretário de Educação Sindical da CNTM, Arnaldo Woicichoski, abriram o curso, desejando um bom aproveitamento a todos. “É muito importante capacitar rotineiramente nossos diretores, principalmente os novos dirigentes, para os desafios que têm que enfrentar no dia a dia. Este curso, no entanto, interessa também aos mais antigos, porque a conjuntura do país mudou, estamos enfrentando uma crise que continua provocando desemprego e, principalmente, há ameaças a direitos históricos que precisam ser combatidas, sob pena da precarização do trabalho e da perda de qualidade de vida do trabalhador”, afirmou Sérgio Claudino.

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Jéssica Naime, Dieese/RJ

A supervisora do Dieese-RJ, Jéssica Naime, falou sobre a estrutura e o processo de negociação coletiva e sobre a importância do planejamento numa negociação. Seu colega no Dieese, Altair Garcia, fez um breve histórico da conjuntura e negociação coletiva no Brasil, com foco inicial na década de 1990 até chegarmos aos dias de hoje.

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Altair Garcia, Dieese

Já Marcos Verlaine, do Diap, fez uma análise da agenda sindical e trabalhista no Congresso Nacional, apontando onde estão os avanços e as ameaças aos direitos. “A correlação de forças inverteu-se. Sempre à espreita, a direita e os setores conservadores querem avançar sobre os direitos dos trabalhadores. Para contornar a crise econômica, o governo pretende investir contra os direitos, sob o falso dilema que o custo da mão de obra no Brasil é alto”, disse.

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Marcos Verlaine, Diap

No segundo dia, a economista do Dieese, Ana Belavenuto, falou sobre o mercado de trabalho no país, o emprego e desemprego, os desafios do movimento sindical e as ações que os Sindicatos devem adotar neste cenário de recessão e retração da economia para manter os postos de trabalho.

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Ana Belavenuto, Dieese/SP

Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis, André Souza, o curso foi muito bom. “Foi ótimo. Foi importante porque vimos coisas que no nosso dia a dia não paramos para analisar. O Dieese e Diap nos trouxeram informações muito boas para passarmos para a categoria e para melhor nos preparar para negociações cada vez mais complicadas”, opinou.

O secretário geral do Sindicato dos Siderúrgicos do Rio de Janeiro, José Carlos Moreira da Silva, também avaliou o curso como muito bom. “Simulamos uma negociação, o que deu expertise para saber conduzir o processo, sempre buscando avanços através do consenso. Acredito ter sido uma experiência valiosa, principalmente para os novos participantes, que eram muitos”, destacou José Carlos.

 

 

Por Rose Maria, Assessoria de Imprensa

Fotos, Daniele Castro